Em um cenário cada vez mais conectado, empresas de bens de consumo no Brasil estão transformando seus modelos de negócio para atender a uma demanda digital em franco crescimento. A aceleração proporcionada pela pandemia de COVID-19 deixou claro que a presença digital consolidada não é mais um diferencial, mas uma urgência para qualquer player que deseja se manter competitivo.
O salto para o digital, que muitas empresas lutavam para iniciar antes de 2020, tornou-se inevitável. Hoje, marcas de diferentes portes reconhecem que integrar canais online e offline não é apenas uma estratégia, mas um pilar fundamental para o varejo. A capacidade de oferecer ao consumidor uma jornada contínua, do clique à retirada na loja, solidifica a reputação da marca e impulsiona o faturamento.
Essa jornada quebrou barreiras geográficas, proporcionando alcance em regiões antes pouco exploradas. Nesse contexto, pequenos e médios negócios mostraram agilidade: já somam mais de R$ 1 bilhão em vendas digitais apenas no primeiro trimestre de 2025.
Segundo projeções da ABComm e Ebit/Nielsen, o e-commerce brasileiro deve ultrapassar R$ 234 bilhões em faturamento até o final de 2025, com um crescimento de quase 15% em relação ao ano anterior. O ticket médio subiu para R$ 539,28, reflexo de uma cesta de compras mais diversificada.
Além disso, o ingresso de cerca de três milhões de novos compradores digitais reforça a consolidação desse canal. Empresas de bens de consumo descobriram que a combinação de tecnologia, logística e estratégias de marketing permite não apenas atrair, mas também fidelizar esse público exigente.
Para navegar nesse ambiente, várias táticas têm se destacado pela eficácia:
Nos segmentos de Moda e Acessórios, Casa e Jardim, Alimentos e Bebidas, Pets, Saúde e Beleza e Eletrônicos, essas abordagens têm gerado resultados expressivos, com ganhos em eficiência e redução de custos.
Empresas pioneiras mostram que, mais do que números, o sucesso depende da implementação eficaz dessas tecnologias. A plataforma edrone, por exemplo, impactou mais de 382 mil pedidos e gerou R$ 138,3 milhões em vendas no primeiro trimestre de 2025, representando mais de 20% do faturamento de seus clientes.
Outro destaque é a Banca do Ramon, que adotou automatização de processos para newsletter e catálogos digitais, atingindo 135 pedidos mensais e ampliando o faturamento trimestral em 23% sem intervenção manual.
Apesar das vantagens, a jornada digital apresenta obstáculos:
Para enfrentar essas barreiras, é fundamental adotar uma cultura organizacional voltada para a inovação e a experimentação. Promover treinamentos regulares, escolher parceiros tecnológicos confiáveis e implementar protocolos robustos de cibersegurança são passos essenciais.
Mais do que receita, essas iniciativas trazem ganhos qualitativos:
O futuro aponta para uma convergência ainda maior entre o online e o offline. Realidade aumentada para experimentação virtual, chatbots cada vez mais humanizados e marketplaces colaborativos emergem como próximas frentes de inovação.
Empresas de bens de consumo que investirem em crescimento sustentável e em experiências memoráveis conquistarão a preferência de um público cada vez mais digital-first. Criar uma estratégia baseada em dados, ágil e centrada no cliente é a receita para transformar desafios em oportunidades e se destacar em um mercado em rápida evolução.
Em 2025, a digitalização deixa de ser um caminho opcional para se tornar a rota principal para o sucesso. Aproveitar esse momento requer visão, planejamento e coragem para inovar. O desafio está lançado: quem dará o próximo grande passo rumo à excelência digital?
Referências