Em janeiro de 2025, o setor financeiro brasileiro enfrentará um marco regulatório de inovações e desafios. As novas regras prometem redefinir práticas de gestão de riscos, contabilidade e tributação, impactando bancos tradicionais, fintechs e demais instituições.
A partir do próximo ano, o Banco Central do Brasil implementará uma série de mudanças para fortalecer práticas de gestão de riscos e alinhar o mercado nacional aos padrões internacionais. Entre as principais medidas, destacam-se:
Essas medidas visam criar um ambiente financeiro mais seguro, transparente e resiliente, protegido contra choques e fraudes. O desafio é equilibrar transparência e segurança financeira sem frear a inovação tecnológica.
A adaptação à nova regulamentação demanda revisões profundas em processos, sistemas e cultura interna. Instituições financeiras terão de migrar para plataformas capazes de calcular provisões e reservas com base nos novos critérios e gerar relatórios precisos em tempo real.
Entre os maiores obstáculos, estão:
O compliance deixa de ser apenas uma questão de rotina e se transforma em um ativo estratégico. A adoção de ferramentas avançadas de monitoramento permitirá identificar riscos emergentes e ajustar políticas internas antes que ocorram perdas significativas.
Segundo o Banco Central, a agenda regulatória 2025–2026 está estruturada em 14 macrotemas interligados. Confira abaixo os cinco principais:
Essa estrutura busca criar um ecossistema financeiro que estimule inovação colaborativa e governança sólida, onde bancos e fintechs possam atuar em parceria, aproveitando sinergias tecnológicas e regulatórias.
As novas normas impulsionam iniciativas como Open Finance, que já registra mais de 52 milhões de consentimentos ativos e 3,3 bilhões de consultas semanais. Fintechs ganham espaço, mas enfrentam custos elevados para cumprir exigências regulatórias e tributárias.
Outro destaque é o DREX, o Real Digital em fase de implementação, que promete transações mais ágeis e seguras. Paralelamente, a tokenização de ativos cria oportunidades para liquidez e transparência em operações de crédito e securitização.
Para competir de forma sustentável, as instituições devem investir em:
Em um cenário de constantes mudanças, a agilidade na tomada de decisão se torna primordial. Seguem algumas recomendações práticas:
Profissionais do setor devem desenvolver competências em análise de dados, ciência de riscos e governança. Especialistas em IA, blockchain e IoT serão cada vez mais requisitados para criar soluções que atendam às exigências sem sacrificar a competitividade.
As instituições que abraçarem essa mudança rapidamente conquistarão vantagem estratégica e resiliência diante das transformações, estabelecendo novos padrões de serviço e confiança do consumidor.
O novo arcabouço regulatório representa um grande desafio, mas também uma oportunidade única para modernizar o setor financeiro brasileiro. Ao alinhar práticas internas com padrões globais e adotar tecnologias de ponta, bancos e fintechs poderão oferecer serviços mais seguros, eficientes e inclusivos.
Para prosperar nessa nova etapa, é fundamental adotar uma abordagem proativa, investir em capacitação de equipes e manter um olhar atento às tendências. Assim, será possível não apenas cumprir as exigências, mas também liderar a transformação rumo a um mercado financeiro mais robusto e inovador.