Entender as variações dos preços e ajustar o orçamento pessoal é essencial para manter a saúde financeira em dia.
O salário mínimo em 2025 está em R$ 1.518, um aumento de 7,5% em relação ao valor de 2024 (R$ 1.412). Esse reajuste considerou uma inflação de 4,84% (INPC) e um acréscimo de 2,5%, gerando ganho real de 2,61% para os trabalhadores.
Em perspectiva histórica, em 2002 o mínimo era de R$ 200. Em duas décadas, o ganho real acumulado chegou a cerca de 94,7%, mas ainda distante do valor ideal para suprir uma família média. Segundo o DIEESE, o valor considerado ideal para o salário mínimo em 2024 seria de R$ 6.723,41 para atender quatro pessoas adequadamente.
O rendimento médio brasileiro, segundo o IBGE no último trimestre de 2023, chegou a R$ 2.808. Essa diferença evidencia a dificuldade de muitas famílias em acompanhar a alta dos preços.
Pesquisa recente apontou que o custo de vida é a principal preocupação dos brasileiros, com média de 4,07 em uma escala de 1 a 5. Esse nível de ansiedade afeta a saúde mental de 57% dos entrevistados.
Ao final de cada mês, apenas 5% dos consumidores dizem que sobra muito dinheiro, enquanto 29% afirmam faltar recursos para cobrir despesas. Menos da metade dos lares (40%) consegue terminar o ciclo com alguma sobra, e 26% equilibram receitas e gastos sem sobra nem falta.
No início de 2025, 89% da população percebeu alta nos preços, contra 74% em setembro de 2024 – o maior índice em dois anos. A inflação é sentida de forma quase unânime (85% ou mais) em todos os estratos sociais e regiões.
Dentre as categorias mais pressionadas pela inflação, destacam-se:
Entender como o orçamento se estrutura ajuda a definir prioridades:
Para reagir de forma eficiente às oscilações de preços, é fundamental adotar práticas simples e consistentes:
O dinâmica econômica e oscilações de preços são influenciados por inflação, taxa de câmbio, políticas públicas e crises globais. A volatilidade cambial e a pressão inflacionária tornam difícil prever custos a médio e longo prazo.
Políticas de exportação de capital, composição dos investimentos e exploração da força de trabalho também impactam diretamente a renda disponível. Por isso, manter-se atualizado sobre decisões do governo e indicadores econômicos é fundamental.
Algumas localidades do interior apresentam custos até 25% menores que as capitais do Sudeste. Em Ji-Paraná (RO), por exemplo, o aluguel de um apartamento de dois quartos gira em torno de R$ 800.
Famílias que buscam ferramentas tecnológicas para controle financeiro podem avaliar mudar-se para cidades com melhor relação custo-benefício, sem abrir mão de serviços básicos e qualidade de vida.
Manter o controle do orçamento em um cenário de alta generalizada de preços exige informação, disciplina e adaptabilidade. Acompanhar dados em tempo real e adotar estratégias de consumo consciente são passos essenciais.
Com planejamento e escolhas inteligentes, é possível enfrentar as variações do custo de vida sem comprometer sonhos e metas de longo prazo. A chave está em estar sempre um passo à frente das mudanças.
Referências