O agronegócio brasileiro se consolida como pilar do superávit comercial, impulsionando a economia e projetando o país como líder global.
O Brasil caminha para um superávit da balança comercial brasileira recorde em 2025, estimado em US$ 93,048 bilhões. Esse resultado representa um avanço de 23,7% em relação aos US$ 75,214 bilhões de 2024, refletindo a robustez das exportações.
As projeções indicam exportações totais de US$ 358,828 bilhões para 2025, com crescimento de 5,7% em comparação ao ano anterior. É inegável que a força das commodities agrícolas sustenta essa trajetória positiva.
Entre janeiro e novembro de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 152,63 bilhões, representando 48,9% do total exportado pelo país no período. Esse foi o segundo melhor desempenho histórico, impulsionado por volumes recordes.
Apesar da redução de 5,2% nos preços internacionais, houve aumento de 5,2% nos volumes exportados, demonstrando a capacidade do setor de reagir a cenários adversos.
Em 2023, o agronegócio brasileiro fechou o ano com US$ 166,55 bilhões exportados, um crescimento de 4,8% em relação a 2022, consolidando quase metade de todas as vendas externas do país.
*Valores até novembro de 2024 ou projeção para o ano.
O desempenho do agronegócio mostra que a redução nos preços internacionais tem sido plenamente contrabalançada pela elevação nos volumes de exportação. Em maio de 2025, por exemplo, o valor da soja caiu 3,9% devido à diminuição de 8,4% nos preços, mas o volume despachado subiu 4,9%.
No mesmo período, milho e algodão registraram queda tanto no valor quanto na quantidade exportada, sinalizando a necessidade de estratégias de diversificação e agregação de valor.
Em 2023, foram embarcadas 193,02 milhões de toneladas de grãos, alta de 24,3% sobre 2022. A safra de 2022/2023 chegou a 319,86 milhões de toneladas, das quais cerca de 60% foram destinadas ao mercado internacional.
Para reduzir riscos e fortalecer a presença global, o Brasil ampliou fronteiras comerciais e investiu em novos destinos, prevendo-se um cenário mais resiliente.
No entanto, há riscos de retração nos preços internacionais que podem limitar o ritmo de crescimento do superávit, exigindo ações conjuntas de governo e setor privado.
Para 2025, o agronegócio deve manter seu protagonismo, com a soja liderando as exportações e carnes e açúcar ampliando sua participação no total exportado. A expectativa é que as commodities agrícolas representem 34% de todas as vendas externas, ligeiro recuo em relação aos 37% de 2024, mas ainda dominante.
Espera-se que a produtividade continue em alta, sustentada por inovações tecnológicas, melhorias logísticas e maior integração entre produtores e mercados consumidores.
Além disso, o Brasil avança na agenda de sustentabilidade e rastreabilidade, agregando valor aos produtos e atendendo às exigências de grandes compradores internacionais.
Em um contexto global de volatilidade, a combinação entre fortalecimento da presença global e ampliação de mercados estratégicos será crucial para manter o dinamismo das exportações brasileiras.
O agronegócio brasileiro se mostra capaz de enfrentar cenários adversos, equilibrando preços e volumes para garantir o superávit comercial. A diversificação de mercados, o investimento em tecnologia e a busca por práticas sustentáveis compõem a base de uma estratégia eficaz.
Com projeções positivas e desafios a serem superados, o setor permanece como motor de crescimento e de geração de divisas, fortalecendo a economia nacional e reafirmando o Brasil como protagonista no comércio global de alimentos.
Referências