O crédito consignado tem se destacado como um dos motores mais eficientes de desenvolvimento local no Brasil, principalmente em municípios de pequeno porte.
À medida que a economia se recupera, o crédito no Brasil tem se expandido e alcança áreas antes negligenciadas pelas grandes instituições financeiras.
Em 2024, a expansão do crédito total alcançou 10,5%, impulsionada pela queda dos juros no primeiro semestre e pela melhora na renda das famílias.
Para 2025, a projeção é de crescimento de 9%, distribuídos entre carteira de recursos livres (+8,3%) e carteira direcionada (+9,7%).
O lançamento do crédito consignado para trabalhadores CLT, domésticos, rurais e MEI ampliou o alcance para 47 milhões de brasileiros.
Até março de 2025, mais de 15 milhões de simulações foram realizadas no aplicativo Carteira de Trabalho Digital, resultando em 1,58 milhão de propostas aprovadas.
Esse novo formato oferece modalidade com juros significativamente menores que cheque especial e cartão de crédito, com limite de até 35% do salário comprometido em parcelas.
Nas regiões interioranas, onde as agências bancárias tradicionais são escassas, correspondentes bancários surgem como porta de entrada para o crédito formal.
Essa inclusão financeira de públicos historicamente excluídos fortalece o comércio local e estimula o consumo.
Segundo projeção da MB Associados, o crédito consignado CLT pode elevar em 0,9 ponto percentual o PIB até o fim de 2026, com volume mensal saltando de R$ 2 bilhões para até R$ 10 bilhões.
Em cidades pequenas, correspondentes bancários ocupam o lugar de agências, oferecendo serviços como pagamentos, saques e concessão de consignado.
Esses pontos operam em drogarias, mercearias e cooperativas, levando serviços financeiros próximos da comunidade e fortalecendo a economia local.
A expansão da infraestrutura bancária descentralizada reduz custos de deslocamento para os moradores e aumenta a velocidade de atendimento.
Desde 2024, novos programas públicos complementam iniciativas privadas, elevando a oferta do consignado e assegurando melhores condições ao tomador.
Apesar das vantagens, é fundamental manter prudência para evitar superendividamento familiar.
Especialistas recomendam não comprometer mais que 35% da renda e manter um planejamento prévio.
A educação financeira responsável deve acompanhar o crescimento da oferta, garantindo a sustentabilidade do crédito no longo prazo.
Nos próximos anos, o consignado continuará ganhando força, com impacto significativo em pequenas cidades.
O aumento do volume de crédito auxilia no fortalecimento das economias locais, gerando emprego e renda.
Com novas frentes de atendimento e regulação mais flexível, a tendência é consolidar o consignado como pilar de inclusão financeira.
Pequenas cidades encontram no crédito consignado um aliado para dinamizar o comércio, melhorar serviços e promover o bem-estar social.
Ao mesmo tempo, a combinação de políticas públicas, inovação tecnológica e agentes locais cria um ciclo virtuoso de crescimento.
Assim, o Brasil dá passos firmes rumo a uma economia mais democrática, em que o acesso ao crédito não seja privilégio de poucos, mas um instrumento de transformação para milhões de famílias.
Referências