O ritmo da transformação no setor financeiro brasileiro nunca foi tão acelerado. Movido por inovações tecnológicas e pela mudança no comportamento dos consumidores, o sistema bancário passa por uma revolução sem precedentes.
As instituições que souberem aproveitar esse movimento estarão à frente, entregando valor, segurança e experiências únicas aos seus clientes.
Em 2024, 82% das transações bancárias foram realizadas por canais digitais, segundo a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2025. Esse número revela o fim gradual da dependência de agências físicas e caixas eletrônicos.
Na prática, apenas 5% das operações ocorreram em pontos presenciais, com 3,6 bilhões de movimentações, uma queda de 14% em relação a 2023. O declínio dos canais tradicionais reforça que o digital deixou de ser diferencial para se tornar requisito básico.
O Pix se consolidou como o principal catalisador da digitalização. Em 2024, foram registradas cerca de 25 bilhões de operações via celular, crescimento de 41% sobre 2023.
Usuários realizam, em média, 55 transações Pix por mês pelo smartphone, seja em pagamentos, transferências ou cobranças instantâneas. Os bancos planejam aumentar os investimentos em Pix em 48% em 2025, reconhecendo seu poder de fidelização e de atração de novos públicos.
Para sustentar esse crescimento, as instituições financeiras nunca investiram tanto em tecnologia. Em 2025, a previsão é de R$ 47,8 bilhões em tecnologia, crescimento de 13% ante 2024.
Nos últimos cinco anos, o total investido saltou 58,4%, refletindo a urgência em modernizar plataformas, tornar o sistema mais resiliente e oferecer serviços inovadores.
Mais de 80% dos bancos já utilizam Inteligência Artificial Generativa em suas operações, reportando ganhos médios de 11,4% de eficiência e, em muitos casos, superando 20%.
O uso massivo de IA permite a implantação de chatbots avançados, análise preditiva de comportamento e oferta de produtos sob medida. A experiência digital intuitiva passa a ser critério de escolha, não mais apenas diferencial competitivo.
Ferramentas de autenticação biométrica e criptografia de ponta garantem Praticidade, conveniência e segurança para milhões de usuários, elevando o nível de confiança no ambiente digital.
Em 2024, 60% das novas contas foram abertas em bancos digitais, fintechs ou plataformas sem agências físicas. Ofertas sem tarifas e processos de abertura 100% online conquistam jovens e público de alta renda.
No entanto, os grandes bancos tradicionais ainda detêm mais de 70% dos ativos financeiros do país e se adaptam, criando suas próprias fintechs ou investindo em parcerias com startups.
O alto grau de digitalização sensibiliza para a necessidade de fortalecer a segurança cibernética. Ataques sofisticados exigem monitoramento constante, equipes especializadas e investimentos em ferramentas de prevenção.
Ao mesmo tempo, é fundamental não deixar populações vulneráveis fora desse processo. Programas de educação financeira e de inclusão digital devem ser ampliados, garantindo que todos tenham acesso às novas funcionalidades.
O setor bancário caminha para se tornar cada vez mais invisível ao cliente. Serviços serão oferecidos em aplicativos de mensagens, wearables e até carros conectados, sem que o usuário precise abrir um app específico.
O conceito de banco quase invisível prevê integrar finanças a ecossistemas como e-commerce, saúde e mobilidade urbana, entregando soluções de forma contextual e em tempo real.
O Open Finance ganhará escala, permitindo portabilidade instantânea de dados e produtos entre instituições. A personalização chegará ao ponto de antecipar necessidades antes mesmo que o cliente as perceba.
A digitalização não é apenas uma tendência, mas a nova base sobre a qual o setor bancário será edificado. As instituições que aliarem investimento em tecnologia com foco no cliente estarão preparadas para os desafios vindouros.
Essa transformação impulsionada por IA, Cloud e Open Finance modelará um mercado mais dinâmico, competitivo e inclusivo, capaz de atender às expectativas de gerações cada vez mais conectadas.
O futuro financeiro do Brasil acontece agora, nas plataformas digitais que redefinem a relação entre pessoas, empresas e dinheiro.
Referências