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Em um momento em que os desafios globais pedem respostas inovadoras, fortalecer o aprendizado e a formação de profissionais torna-se uma estratégia essencial. Investir em conhecimento é semear possibilidades, criar caminhos para o desenvolvimento sustentável e garantir que cada cidadão contribua de forma efetiva para o progresso coletivo.
O Brasil avançou na última década, mas ainda enfrenta desigualdades regionais profundas. Para reverter esse quadro, será necessário priorizar recursos, criar políticas públicas bem estruturadas e estimular a iniciativa privada a assumir um papel mais ativo nesse processo.
Os aportes em educação, pesquisa e treinamento profissional funcionam como motores de desenvolvimento econômico sustentável e alicerçam o crescimento de longo prazo. Sem um capital humano qualificado, as inovações tendem a ficar restritas ao papel, sem transpor a barreira do laboratório ou da sala de aula.
Ao direcionar recursos de forma estratégica, é possível reduzir desigualdades regionais e sociais, ampliar oportunidades de emprego e promover a inclusão. Cada real destinado à formação gera múltiplos efeitos multiplicadores na economia, pois profissionais mais capacitados elevam a produtividade e criam soluções criativas para problemas complexos.
O investimento recorde de R$ 1,63 bilhão em pesquisa científica, aliado à aprovação de 143 novos INCTs, demonstra um compromisso que ultrapassa metas imediatas. Ao fortalecer redes de colaboração, o país pode atrair pesquisadores de renome internacional e reter talentos que antes buscavam oportunidades no exterior.
O programa “Conhecimento Brasil”, com R$ 604 milhões para o retorno de 599 projetos, evidencia a importância de integrar pesquisadores que atuavam em 34 países. O compromisso com as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (32% dos recursos destinados) é um passo fundamental para garantir equilíbrio no desenvolvimento nacional.
As áreas de ciências biológicas (29,3%), ciências exatas e da terra (23,2%) e engenharias (12,8%) receberão grande parte desses investimentos, o que pode resultar em avanços significativos em saúde, energia renovável e infraestrutura.
As empresas industriais inovadoras no Brasil planejam aumentar os investimentos em P&D de forma expressiva em 2025. De acordo com a pesquisa semestral do IBGE, 49,1% pretendem elevar o orçamento, enquanto 48,8% planejam mantê-lo estável. Apenas 2,1% planejam corte nos gastos com inovação.
Esse cenário abre espaço para a criação de produtos e processos diferenciados, fortalecendo a competitividade brasileira em mercados globais. Além disso, o fomento à pesquisa industrial gera empregos qualificados, valoriza as cadeias produtivas locais e potencializa a exportação de tecnologias.
Para alcançar um desenvolvimento realmente inclusivo, é preciso garantir que os recursos cheguem também às regiões menos desenvolvidas. A destinação mínima de 30% das verbas a regiões como Norte, Nordeste e Centro-Oeste deve servir de exemplo para políticas futuras.
Em nível global, é essencial combater as desigualdades em inovação e conhecimento. Iniciativas multilaterais, como as Redes Globais de Bancos de Ideias e os Fundos de Inovação das Nações Unidas, procuram criar conexões entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Tais ações podem ajudar a transferir tecnologia, capacitação e infraestrutura onde mais se necessita.
Ao adotar uma visão estratégica integrada, o Brasil pode se posicionar como protagonista na redução de desigualdades e no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Além dos aportes em ciência e indústria, há um crescimento significativo na base de investidores brasileiros. A projeção de 18 milhões de novos investidores em 2025 eleva a participação na população de 37% para 39%.
O retorno financeiro é citado por 33% como principal motivador para investir, seguido de segurança (23%) e facilidade (14%). Esses números refletem a importância da educação financeira desde a infância e da oferta de produtos claros e acessíveis.
Ao capacitar o cidadão comum, promovemos não apenas o crescimento do mercado de capitais, mas também o fortalecimento da cultura de investimento de longo prazo e da independência financeira.
Para que os investimentos em conhecimento e capacitação rendam frutos concretos, é preciso planejar ações coordenadas entre governo, iniciativa privada e sociedade civil. Algumas diretrizes práticas:
Ainda que haja desafios orçamentários e estruturais, a história mostra que as nações que investem em educação e tecnologia saem na frente. Ao unir esforços e crença nas potencialidades do povo brasileiro, construímos uma sociedade capaz de superar limitações, criar soluções e protagonizar um novo ciclo de desenvolvimento.
Ao priorizar investimentos em conhecimento e capacitação, o Brasil tem a oportunidade de desencadear um ciclo virtuoso de progresso, inclusão e sustentabilidade. Cada real aplicado nessa estratégia representa um passo firme em direção a um futuro mais próspero, justo e inovador. Chegou o momento de agir com ousadia e visão de longo prazo, colocando o capital humano no centro das decisões e criando um legado positivo para as próximas gerações.
Referências
